Dia
10/09 – Direitos Humanos e Segurança Cidadã / Comunicação e Mobilização
Texto por: Eliano Félix, Thaís Cavalcante e Tati Alvarenga
Fotos por: Eliano Félix
No terceiro dia
do curso de Convivência e Segurança Cidadã no Rio de Janeiro, a Professora
Joselita Macêdo, doutoranda em planejamento urbano e desenvolvimento social
pela Universidade Católica de Salvador, foi a primeira das três sessões
previstas para essa quarta-feira (10). Com o tema Direitos Humanos e Segurança
Cidadã, a aula se iniciou com a dinâmica de convivência.
Foi proposto aos
participantes do curso uma atividade, em que o objetivo era convencer o outro,
através da argumentação, em uma pequena ação: ocupar seu lugar na cadeira, considerada
o bem mais importante na atividade. A flexibilidade para o bem-estar e acordo
comum em ceder o lugar era visível, apesar de toda dificuldade inicial de
mediação para o consenso. Ao testar formas de convencimento, o combinado de
revezar foi bastante utilizado, finalizando assim a dinâmica. A música “criminalidade”, de Edson Gomes,
artista baiano que utiliza as questões sociais em suas letras, serviu como
referência por Joselita aos alunos e às alunas. Ela complementou o conceito de
humano e pessoa, todos os presentes puderam dar seu próprio significado sobre a
questão.
Falando sobre
cidadania, o exercício de direitos e deveres foi questionado. Como exemplo, a
relação de adultério no Oriente Médio ao tratar das mulheres muçulmanas foi
citada como ilustração, sobre sociedades distintas, principalmente em
determinadas leis e relações com o território. O diálogo durante as falas
relacionou à objetificação do ser humano, à falta de direitos e cidadania,
quando se obedece regras e normas sem o devido questionamento. Ao criar um
modelo social sem refletir, a sociedade passa para o estado de forma
corrompida, o que será refletido explicitamente na má segurança e conduta das
forças armadas. O ciclo é contínuo e a atuação policial fica comprometida por
causa dessa relação. Dando continuidade sobre
a questão humana, pessoa e cidadão e, tendo como referência a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, no artigo 6 (Toda pessoa, tem o direito de ser,
em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei), duas perguntas que
serviram como eixo principal nessa primeira aula, foram colocadas pela
Professora Joselita Macêdo:
Qual o nosso projeto civilizatório?
Qual a sociedade que buscamos construir?
Na aula com Ismar
Soares que é Jornalista, Doutor e Mestre em Ciências da Comunicação, a
Mobilização e Comunicação foram assuntos principais para chegar ao mais
importante: Educomunicação. Uma prática social em que aproxima a comunicação e
educação principalmente de jovens. Porém esta aproximação ocorre através de
alguns pressupostos: exercício do direito à comunicação, para que pessoas
tenham condições de se expressar, disponibilidade de se articular e,
solidariedade para com os envolvidos na prática educativa.
A violência
urbana tem sido uma das maiores preocupações dos países da América Latina,
segundo o estudo do PNUD de 2004, com o mais alto índice de violência por
número de homicídios no mundo. A maior parte dos crimes, ocorrem nas periferias
e, tanto as vítimas quando os homicidas são, em sua maioria, homens jovens. Da
eficácia de ações de prevenção do crime e controle dos conflitos urbanos,
defendem milhares de vidas a partir de pesquisas, cursos e prevenções.
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