quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Cobertura "O Cidadão" do terceiro dia do Curso de Convivência e Segurança Cidadã no Rio de Janeiro

Dia 10/09 – Direitos Humanos e Segurança Cidadã / Comunicação e Mobilização


Texto por: Eliano Félix, Thaís Cavalcante e Tati Alvarenga

Fotos por: Eliano Félix


No terceiro dia do curso de Convivência e Segurança Cidadã no Rio de Janeiro, a Professora Joselita Macêdo, doutoranda em planejamento urbano e desenvolvimento social pela Universidade Católica de Salvador, foi a primeira das três sessões previstas para essa quarta-feira (10). Com o tema Direitos Humanos e Segurança Cidadã, a aula se iniciou com a dinâmica de convivência.






Foi proposto aos participantes do curso uma atividade, em que o objetivo era convencer o outro, através da argumentação, em uma pequena ação: ocupar seu lugar na cadeira, considerada o bem mais importante na atividade. A flexibilidade para o bem-estar e acordo comum em ceder o lugar era visível, apesar de toda dificuldade inicial de mediação para o consenso. Ao testar formas de convencimento, o combinado de revezar foi bastante utilizado, finalizando assim a dinâmica. A  música “criminalidade”, de Edson Gomes, artista baiano que utiliza as questões sociais em suas letras, serviu como referência por Joselita aos alunos e às alunas. Ela complementou o conceito de humano e pessoa, todos os presentes puderam dar seu próprio significado sobre a questão.

Falando sobre cidadania, o exercício de direitos e deveres foi questionado. Como exemplo, a relação de adultério no Oriente Médio ao tratar das mulheres muçulmanas foi citada como ilustração, sobre sociedades distintas, principalmente em determinadas leis e relações com o território. O diálogo durante as falas relacionou à objetificação do ser humano, à falta de direitos e cidadania, quando se obedece regras e normas sem o devido questionamento. Ao criar um modelo social sem refletir, a sociedade passa para o estado de forma corrompida, o que será refletido explicitamente na má segurança e conduta das forças armadas. O ciclo é contínuo e a atuação policial fica comprometida por causa dessa relação. Dando continuidade sobre  a questão humana, pessoa e cidadão e, tendo como referência a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo 6 (Toda pessoa, tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei), duas perguntas que serviram como eixo principal nessa primeira aula, foram colocadas pela Professora Joselita Macêdo:

Qual o nosso projeto civilizatório?

Qual a sociedade que buscamos construir?



Na aula com Ismar Soares que é Jornalista, Doutor e Mestre em Ciências da Comunicação, a Mobilização e Comunicação foram assuntos principais para chegar ao mais importante: Educomunicação. Uma prática social em que aproxima a comunicação e educação principalmente de jovens. Porém esta aproximação ocorre através de alguns pressupostos: exercício do direito à comunicação, para que pessoas tenham condições de se expressar, disponibilidade de se articular e, solidariedade para com os envolvidos na prática educativa.



A violência urbana tem sido uma das maiores preocupações dos países da América Latina, segundo o estudo do PNUD de 2004, com o mais alto índice de violência por número de homicídios no mundo. A maior parte dos crimes, ocorrem nas periferias e, tanto as vítimas quando os homicidas são, em sua maioria, homens jovens. Da eficácia de ações de prevenção do crime e controle dos conflitos urbanos, defendem milhares de vidas a partir de pesquisas, cursos e prevenções.



Na aula de quinta-feira (11), o assunto da sessão 8 será Redução de Fatores de Risco, e da sessão 9 Prevenção Social do Crime e das Violência, com o Jornalista, sociólogo e pesquisador em Segurança e Direitos Humanos Marcos Rolim.

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